Olà amigos leitores!
Hoje trago no "Espaço do Leitor" um relato emocionante escrito pela Carol, do blog: "Carol Brasil/ Hungria". Quem nao a conhece corra là no blog dela para se apaixonar pelo seu modo de escrever e, o mais legal que o primeiro livro da Carol acabou de ser lançado, aonde ela conta a història, super romantica, de como conheceu o seu marido hùngaro, Zsombor!
Para quem acompanha o Mix pelo Mundo irà lembrar que os recebemos aqui na Italia e fizemos um passeio maravilhoso!
Mas vamos logo para o texto que vai deixar voce entusiasmado para programar logo a sua ida ao show da sua banda preferida!!!
* O texto é original, escrito pela pròpria Carol, e nao foi modificado em nada por mim.
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Faz um tempo que esperamos por esse show, principalmente meu marido, que sempre foi fã da banda. Da última vez que eles se apresentaram para esses lados, nós estávamos no Brasil e ao voltar para Hungria, eles se apresentaram no Brasil... Total desencontro, parecia que não queria dar certo.
No entanto, pouco antes do último natal, eu li que eles estariam na Áustria, não muito longe de onde moramos, e decidi dar de presente para o maridão. E que presente!
O show seria na cidade de Zeltweg, onde se encontra o Red Bull Ring, o autódromo onde acontecem corridas de fórmula 1 na Áustria. Nós arrumamos para ir 1 dia antes do show e ficarmos no camping montado para o evento, que se localizava bem entre o autódromo e o local do show. Ter escolhido ficar no camping foi a melhor decisão dos últimos tempos... Foi incrível!
Chegamos, no dia que antecedia o evento, e o clima de show já tomava todo ambiente. As pessoas montando acampamento e escutando AC/DC a todo volume, brincando, rindo... bebendo (bem, faz parte ver gente bêbada nesse tipo de evento). A adrenalina subiu e parecia que o evento estava tendo início. Vimos o pôr do sol entre as montanhas e a paisagem era maravilhosa! O local é um vale, rodeado por montanhas, de um verde vivo que fazia lembrar uma pintura, não parecia real, cores muito vivas. Montamos nossa barraca, tomamos uma cervejinha pra encerrar o dia e curtir o clima, demos uma volta perto do palco, que estava sendo testado, e depois, quando veio o cansaço, tentamos dormir meio a festa constante que acontecia. Não preciso dizer que não foi um sono tranquilo, pois a música tocou até as seis da manhã, mas a energia era tão boa e a expectativa era tamanha, que isso só fez parte das boas lembranças.
Dia do show. Acordamos rodeados de nuvens entre as montanhas e um sol sobre o acampamento. Montamos nossa mesinha e tomamos o café da manhã num cenário idílico. Que sensação confortante!
O acampamento permanecia em silêncio agora e saímos para uma caminhada no autódromo.
Descobrimos que no dia seguinte haveria uma corrida de caminhões e andamos entre os veículos, tirando fotos. Dá pra acreditar que estava tudo aberto e pudemos até tocar nas máquinas? Tomamos um cappuccino delicioso na cafeteria do autódromo - mais fotos - e voltamos para nosso humilde almoço de enlatados, que, por sinal, estava muito gostoso.
Depois do almoço chegaram nossos amigos e notamos que pessoas começavam a chegar aos montes, era uma fila indiana que não tinha fim. Horas de pessoas andando para dentro do local do show. Entramos nessa também, rumo ao momento esperado, numa animação de criança em dia de natal.
Com certa dificuldade, achamos um lugar relativamente perto, mas “tranquilo” para se ficar. Entre 105.000 pessoas, ficar lá perto do palco era impossível se quiséssemos sair ilesos. Empurra, empurra, gente tentando pegar o lugar, gente pisando no pé... Pensa que desanimamos? Que nada! Show é assim mesmo e estávamos animadíssimos pelo que vinha! O cenário continuava maravilhoso: um show entre as montanhas... Inacreditável! Para um fã de rock, era o paraíso!
Sendo eu uma baixinha, não posso deixar de citar que fiquei muito feliz quando me percebi entre outras baixinhas. É uma grande sorte se não topamos com uma pessoa que parece um muro num show! Coitados dos que estavam atrás do meu marido, de 2 metros de altura...
O som começou e a apresentação passava no telão, a adrenalina subia e as notas de guitarra arrancaram um grito uníssono da plateia. Uma explosão de energia e felicidade entre os que presenciavam. Pensei: que incrível deve ser causar tamanha alegria em tanta gente com um simples acorde!
Ao meu lado, uma das baixinhas, boquiaberta, quase chorando por, provavelmente, ter esperado tanto para ter esse momento. Quase chorei de olhar pra ela. Era tanta gente emocionada, tanta gente feliz, animada! Que energia boa estar num lugar assim, recarrega no mesmo instante!
O show foi incrível, curtimos cada música, em algumas o meu marido me colocou nos ombros pra assistir minhas preferidas, como “Hells Bells” e “Back in Black”. Ao final, morrendo de sede, cansados, mas renovados, voltamos para o acampamento onde todos curtiam a felicidade pós-show. Meu marido parecia uma criança com o brinquedo novo, de olhos brilhantes e sorriso constante. Meio a animação ele me abraçou e disse:
- Obrigada pelo presente, meu amor! Adoro passar por esses momentos com você!
E foi assim que essa aventura ficou na minha lembrança: mais um momento que passamos juntos, curtindo cada segundo, cada acontecimento... rindo dos desconfortos, aproveitando as novidades, com olhos abertos para a beleza a nossa volta. A vida é muito curta pra perder momentos assim ou não perceber que a noite desconfortável significava alegria, que a comida enlatada tinha a tradução de aventura e que tudo junto, do jeitinho que foi, era sinal de perfeição.
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